Quando se olha para a linha do horizonte de Londres, há muitos pontos turísticos icónicos que chamam a atenção. Pense no Big Ben, no The Shard, no Wembley Arch, e terá marcos que enfeitam os céus de Londres há anos. No entanto, estes são apenas alguns exemplos quando comparados com a Catedral de S. Paulo, cujo contorno tem sido enquadrado no pôr do sol e no nascer do sol há mais de trezentos anos. A catedral ocupa um lugar precioso na história britânica e encanta regularmente os visitantes com uma mistura inebriante de história, estilo arquitetónico e vistas deslumbrantes sobre a cidade. O nosso guia prático ajudá-lo-á a tirar o máximo partido da sua visita à Catedral de S. Paulo.
História da Catedral de São Paulo
É sabido que a atual Catedral de São Paulo não é a original – o temível inferno que conhecemos como o Grande Incêndio de Londres acabou com isso – mas sabia que é na verdade a quinta versão? Há mais de 1400 anos que uma catedral dedicada a S. Paulo se ergue no ponto mais alto da antiga cidade romana de Londinium, que corresponde aproximadamente à atual cidade de Londres.
Pensa-se que a primeira foi uma igreja de madeira construída em 604 por Mellitus, bispo dos Saxões Orientais. Num prenúncio bastante estranho do que estava para vir, foi prontamente incendiada em 675 – e a segunda (demolida pelos Vikings em 962) e a terceira (incendiada(!) em 1087) também não se saíram muito melhor. Durante mais de quatrocentos anos, parecia que os normandos tinham resolvido o problema com a Catedral de S. Paulo IV, que foi a igreja cristã mais longa e mais alta do mundo, desde a sua conclusão em 1240 até ao seu fim incendiário em 1666, juntamente com a maior parte da cidade de Londres.
A atual Catedral de S. Paulo é, notoriamente, obra do arquiteto Sir Christopher Wren, que se dedicou a redesenhar as igrejas da cidade de Londres após o Grande Incêndio. Apesar de ter sido consagrado em 1697, o edifício só foi declarado concluído em 1711 e, mesmo assim, os trabalhos continuaram, com Sir James Thornhill (também responsável pelo deslumbrante Painted Hall) pendurado a cinquenta metros acima do chão para pintar o interior da cúpula.
Apesar das taxas de sobrevivência algo duvidosas das suas antecessoras, a catedral resistiu ao Blitz apenas com danos moderados – cimentando ainda mais o seu lugar como um símbolo de Londres e da Grã-Bretanha. Já foi palco de celebrações do Jubileu, dos funerais de Horatio Nelson, Winston Churchill e Margaret Thatcher, do casamento do Príncipe Carlos e da Princesa Diana e até de um sermão de Martin Luther King. Será que o seu Shard consegue fazer isso?
Embora seja principalmente um local de oração e culto, a Catedral de São Paulo atrai, sem surpresa, os turistas em massa. Há muito para ver dentro destas paredes históricas, mas se planeia fazer uma visita, lembre-se de respeitar os fiéis e a catedral como um todo. Por exemplo, a fotografia para uso pessoal deve ser “respeitosa [e] sem flash”, e estritamente limitada às horas de visita.
O que ver na Catedral de São Paulo
Ao entrar na Catedral de S. Paulo, a primeira coisa a ver é a nave, o enorme corredor central que conduz à famosa cúpula. A oeste da catedral, poderá vislumbrar as Portas do Grande Oeste, que a Rainha usava quando passava por lá em ocasiões especiais.
Noutras partes do rés do chão, encontrará monumentos ao Duque de Wellington e ao Almirante Nelson, o Grande Órgão, que foi instalado em 1695, e uma efígie em mármore de John Donne. Antigo reitor da Catedral de S. Paulo – para além de uma carreira literária brilhante – o monumento a Donne é um dos poucos artefactos que sobreviveram ao Grande Incêndio, e ainda é possível ver as marcas de queimaduras à volta da base.
Para ter uma melhor visão da catedral, tem de subir à cúpula, que esconde uma miríade de delícias. Subindo 257 degraus, encontrará as Galerias Sussurrantes (que, infelizmente, estão atualmente fechadas). Estendendo-se pelo interior da cúpula, são famosas por uma divertida peculiaridade arquitetónica – se sussurrar através da galeria a alguém que esteja à sua frente, essa pessoa ouvirá tão claramente como se estivesse mesmo ao lado dela!
Mais acima na cúpula, terá a sua primeira oportunidade de ir para o exterior quando chegar à The Stone Gallery. Com 376 degraus e 52 metros acima do solo, pode estar um pouco cansado quando chegar aqui, mas as vistas valem a pena! Quem gosta de alturas pode continuar a subir até à Golden Gallery (528 degraus, 85 metros de altura), onde se abrem panoramas arrebatadores da cidade; o Shard, a Tate Modern e a Millennium Bridge são facilmente visíveis daqui.
No outro extremo do espetro, pode também dar uma espreitadela nas criptas da Catedral de São Paulo, onde se encontram os túmulos de Wellington, Nelson e Sir Christopher Wren. Wren está enterrado num túmulo simples, onde se lê “se procuras o seu monumento, olha à tua volta”. Entretanto, uma adição moderna às criptas é o Oculus, uma experiência cinematográfica hipnotizante que conta a história da Catedral de S. Paulo desde 604 até aos dias de hoje.
É claro que há muito para ver no exterior do edifício, que é maravilhosamente ornamentado. Por exemplo, a fachada oeste do edifício retrata cenas da vida de São Paulo, incluindo a sua conversão ao cristianismo. Curiosamente, as duas torres ocidentais – uma das quais contém o Great Paul, o maior sino alguma vez fundido no Reino Unido – são encimadas por um ananás, que é alegadamente um símbolo de paz, prosperidade e hospitalidade. Não é giro?
Quando visitar a Catedral de São Paulo
Se quiser passear, o único dia para evitar a Catedral de São Paulo é o domingo, quando a catedral está aberta apenas para os fiéis. Para além disso, não há uma má altura para visitar a catedral – o Natal, com os serviços de cânticos de Natal e as calorosas boas-vindas, é um vencedor óbvio, mas pode tornar-se extremamente movimentado.
Por mais maravilhoso que seja o seu interior, uma das maiores alegrias de uma visita à Catedral de S. Paulo é encontrar a fotografia perfeita do exterior. Uma lei de longa data que estabelece corredores de visualização da Catedral de São Paulo – leis que impedem qualquer construção que possa impedir a vista da catedral – levou a alguns pontos maravilhosos, “gram-friendly”. Os gigantes do Instagram e os aspirantes a tal fazem uma peregrinação ao centro comercial One New Change, para uma fotografia dramática da Catedral de São Paulo espelhada entre edifícios com fachadas de vidro.
Noutros locais, agachar-se entre os canteiros de flores na primavera pode render algumas fotografias deslumbrantes do exterior, quer se trate de flores em flor ou de flores a emergir dos ramos.
No entanto, todas as vistas da Catedral de S. Paulo se curvam perante uma – o infame terraço do centro comercial One New Change.
É a casa de um restaurante bastante agradável – mais sobre isso num segundo – mas não precisa de jantar aqui para apreciar a vista, pois um elevador público pode levá-lo até aqui para um passeio no espaçoso terraço. Com a catedral a poucos passos de distância (por favor, não faça isso!), uma infinidade de fotos dramáticas do horizonte nasceram aqui.
Restaurantes, pubs e bares perto da Catedral de São Paulo
Há muitas opções para comer à volta da Catedral de São Paulo, mas, como prometido, há uma que se destaca das restantes – nomeadamente, porque fica no telhado do One New Change. O Madison Restaurant & Bar ganha elogios pelos seus pratos principais grelhados no Josper e pelos seus cocktails contemporâneos, mas não faz mal nenhum ter a cúpula da catedral maravilhosamente iluminada como pano de fundo para o seu jantar.
Os fãs de bife de qualidade e de reality shows devem ir direto para o Paternoster Chop House, mais conhecido como o restaurante First Dates. Porque, honestamente, que melhor maneira de criar laços com um novo namorado do que com jantares assados e vinho tinto sem fundo?
Noutros locais do bairro, o Bread Street Kitchen , propriedade de Gordon Ramsay, oferece pratos europeus modernos e uma cápsula espacial futurista, e o Burger & Lobster serve… bem, provavelmente pode adivinhar.
A St Paul’s Cathedral faz muitas coisas, mas cocktails não é uma delas, por isso, se estiver com sede de uma bebida, terá de ir a outro sítio. A filial local do Dirty Martini pode preparar-lhe cocktails simples, ou há o Beas of Bloomsbury para chávenas de chá intermináveis. O local com o nome apropriado The Saint tem vista para St Paul’s, servindo vinhos a copo, e se gosta de cervejas em locais com carácter, o histórico pub Ye Olde Watling fica mesmo ao virar da esquina.
Informações para visitantes da Catedral de São Paulo
É permitida a entrada de visitantes na Catedral de St Pauls?
A Catedral está aberta de segunda a sábado para visitas turísticas. Na maior parte dos dias, as portas abrem às 8h30 de segunda, terça, quinta, sexta e sábado, e às 10h às quartas-feiras. A última entrada para visitas turísticas é normalmente às 16h00 e as visitas turísticas terminam 30 minutos após a última hora de entrada. No entanto, os horários de abertura e encerramento podem mudar, pelo que recomendamos que visite o calendário para verificar o dia em que vai estar presente.
É necessário fazer reserva para visitar a Catedral de São Paulo?
A entrada na Catedral é gratuita para assistir aos serviços religiosos, mas se quiser explorar o edifício, precisará de um bilhete de visita turística. O preço dos bilhetes é de £25 por adulto e £10 por criança, com descontos para famílias, grupos e concessões e bilhetes gratuitos para pessoas com deficiência.
Como posso chegar à St Paul’s Cathedral?
📍Catedral de São Paulo, St Paul’s Churchyard, EC4M 8AD.
A estação de metro mais próxima é a estação de metro de St Paul’s.
O que posso levar para a Catedral de São Paulo?
Os sacos com dimensões superiores às máximas permitidas de 45 cm x 30 cm x 25 cm , incluindo pegas, rodas e bolsos, não podem ser trazidos para a Catedral. Não existe bengaleiro.
Existe acesso para cadeiras de rodas?
A Catedral dispõe de vários tipos de apoio para os visitantes com necessidades específicas de acesso – desde rampas e elevadores a guias para pessoas com deficiências auditivas e visuais. Leia mais sobre este assunto aqui.